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Vereadores pedem explicações sobre reforma do PA Morumbi

Os parlamentares querem saber como serão remanejados os atendimentos e qual é o plano do governo municipal.

Publicado em 25/04/2016 às 21:29

Vereadores que integram a Comissão de Representação da Saúde estiveram nesta segunda-feira (25) visitando o Pronto Atendimento do Morumbi (PA/Morumbi) buscando respostas que embasasse a decisão, anunciada pelo Governo Municipal através da Secretaria da Saúde, de suspensão dos trabalhos de atendimento à população para a realização de reformas. Mesmo alegando que esta decisão foi uma determinação do Ministério Público, os parlamentares querem saber como serão remanejados os atendimentos e qual é o plano do governo para que o sistema não fique superlotado, uma vez que o PA Morumbi é uma unidade de atendimento de urgência e emergência.  

“Recebemos a informação de que o Ministério Público não determinou o fechamento da unidade para uma reforma e sim, ele propôs, que se fosse feita uma reforma. Essa informação muda todo um cenário e diante disso vamos convidar o Secretário Municipal da Saúde a esclarecer alguns pontos específicos como o projeto de reforma, se já foi licitada a obra ou não e quais as etapas a serem reformadas. Digo isso porque estamos preocupados não com a reforma, mas sim com a qualidade no atendimento à população que já está debilitada e que agora poderá ficar mais comprometida ainda com o fechamento, mesmo que a curto prazo, desta importante unidade de saúde”, disse o Vereador  Gessani da Silva.   

A Comissão da Saúde tem como integrantes os Vereadores Gessani da Silva (PP), Anice Nagib Gazzaoui (PTN), Luiz Queiroga (DEM), Nilton Bobato (PC do B), Paulo Rocha (PMDB) e Marino Garcia (PEN), que é um parlamentar morador da região e ficou muito preocupado com a informação de fechamento do PA a partir do dia 3 de Maio.  

“A população não vai entender o transtorno de ter que se deslocar para o UPA ou para o Posto do Curitibano. Sabemos da necessidade em se fazer este trabalho, mas agora vai começar o inverno e sabemos que a obra poderá durar meses devido ao período de chuvas e mau tempo que este período do ano nos traz. Como morador do bairro, e como parlamentar, precisamos encontrar novas saídas que venham, tanto a atender o anseio da comunidade, como também o do Ministério Público e o do Governo Municipal”, disse Garcia ao mensurar a preocupação com o ato.  

Para os vereadores Luiz Queiroga e Anice Gazzaoui, a reunião com os coordenadores do PA do Morumbi e com os representantes da sociedade civil organizada resultou em mais preocupação, pois os servidores não sabiam da decisão, os coordenadores não foram informados dos atos do Governo e, segundo eles, a “falta de ingerência do Poder Público poderá agravar ainda mais a crise na saúde. Desta forma pensamos que toda esta situação poderá ser contornada com ações mais claras e analíticas, pois o cidadão foi surpreendido e ao mesmo tempo não tem noção do que deverá fazer, para onde ir, e como ir até outra unidade de saúde”, disse Queiroga.  

“Estamos em uma época de dengue, de H1N1, frio chegando e esses fatores nos preocupam. Tivemos acesso ao documento do MP é em nenhum momento o promotor pede o fechamento da unidade para reformas, mas sim pede a contratação de mais profissionais de enfermagem e médicos, destinação correta do lixo hospitalar e outros”, ressaltou o vereador.   

Para o Vereador Nilton Bobato, esse momento “é mais uma triste constatação de que os movimento dessa gestão na área de saúde são sempre os mesmos. Eles estão usando como justificativa algumas interpretações judiciais para gerar o caos no sistema público de saúde. Ou seja, se fala em fechar a unidade enquanto nós contatamos que não tem projeto, que não tem licitação, que não te claramente a fonte do recurso que será utilizado e, só no período entre a realização do projeto e licitação seriam necessários pelo menos 60 a 90 dias do processo prévio antes de se tomar a decisão de fechar a unidade”, disse Bobato.   

Ele ressaltou que deveriam ter feito esta ação com mais tempo, com mais planejamento “e não criar o pânico que se gerou na população do Morumbi”, esclareceu.  

A Comissão de Representação da Saúde, juntamente com integrantes do Conselho Municipal de Saúde (COMUS) e do Sindicato dos Servidores Municipais (SISMUFI), estarão convidando os secretários municipais da Saúde e de Obras, Corpo de Bombeiros e até mesmo o Ministério Público, para buscar informações que norteiem uma tomada de decisão que venha a implantar um ritmo de planejamento adequado. Esta reunião poderá acontecer ainda esta semana na sede do COMUS. 

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