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Estratégico

Porto trimodal em Foz do Iguaçu ganha impulso com inclusão da Ferroeste

Complexo logístico internacional deverá reunir modais rodoviário, ferroviário e hidroviário.

Publicado em 18/06/2020 às 23:19

Vista aérea do atual porto seco em Foz do Iguaçu. (Foto: Marcos Labanca )

Danilo Vendruscolo, presidente do POD. (Foto: Marcos Labanca)

Mario Camargo, presidente do Codefoz. (Foto: Marcos Labanca )

A inclusão da Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A. (Ferroeste) no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do governo federal torna viável a construção de ramal da ferrovia até Foz do Iguaçu, saindo de Cascavel. E não é só. Essa decisão impulsiona a concretização do Porto Seco Trimodal, uma das metas prioritárias do Programa Acelera Foz.

Estratégico para o desenvolvimento de Foz do Iguaçu e região, o porto alfandegário contempla os modais rodoviário, ferroviário e hidroviário para movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de importação e exportação. A proposta é que esse complexo seja construído na entrada da cidade, retirando o trânsito de caminhões pesados do corredor turístico.

Presidente do Programa Oeste em Desenvolvimento, Danilo Vendruscolo explica que o ramal da Ferroeste irá potencializar o Porto Seco Trimodal. “Esse projeto poderá elevar Foz do Iguaçu à condição de centro logístico da América Latina, com os três modais reunidos em um só porto e nosso aeroporto sendo o quarto meio de transporte de cargas”, aponta.

De acordo com Danilo, o POD e as lideranças do Oeste não abrem mão de participar do processo de desestatização da Ferroeste, proposto no contexto do PPI. “Temos o Porto Seco Trimodal no radar, mas também buscamos garantir uma tarifa competitiva para escoamento da nossa produção, via Porto de Paranaguá, e atrairmos mais investimentos”, frisa.

O presidente do POD considera, ainda, ser indispensável a inclusão de um ramal da Ferroeste de Foz do Iguaçu a Guaíra (PR) na nova licitação da ferrovia, e dessa cidade até Maracaju (MS). “É uma interligação absolutamente necessária para a região e para o Paraná que vamos defender com todas as forças do Oeste juntas”, assevera Danilo Vendruscolo.

Leque de oportunidades

Para o presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz do Iguaçu (Codefoz), Mario Camargo, a transferência da ferrovia para o setor privado e a construção de um “braço” da Ferroeste até a fronteira respondem a uma demanda antiga. “É uma esperança e reivindicação pela qual a sociedade civil e o setor produtivo trabalham há muito tempo”, relata.

“A ferrovia virá para contemplar o grande esforço que estamos fazendo para que Foz se torne um polo logístico do Mercosul”, expõe Mario. “Com o porto trimodal, mais o modal aéreo praticado no aeroporto, que passa por obras de ampliação da pista de pouso e decolagem, poderemos receber cargueiros e ampliar a movimentação internacional”, reitera.

O presidente do Codefoz explica que o ramal da Ferroeste deverá ficar dentro do Porto Seco Trimodal, de onde será feita a conexão por ferrovia. “Poderemos receber cargas do Paraguai e mandá-las para o Porto de Paranaguá pela Ferroeste, ou as remetermos por hidrovia para São Paulo. O momento é difícil, mas vejo um futuro muito promissor para nossa cidade e região”, aposta Mario Camargo.

Números altos

Segundo levantamento do Programa Oeste em Desenvolvimento, o ramal da Ferroeste em Foz do Iguaçu demanda seis milhões de toneladas de cargas provenientes do Paraguai. Na extensão até Guaíra, a estimativa é receber mais seis milhões de toneladas pela via férrea, vindas do Mato Grosso do Sul.

Contexto

A inserção da Ferroeste no Programa de Parcerias de Investimentos permitirá leilão da ferrovia até o final de 2021, com Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA), Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental (Rima) concluídos. O Comitê de Governança do projeto definirá nos próximos meses se a concessão será total ou parcial.

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