Depois de quase 330 quilos de moedas serem retirados das Cataratas do Iguaçu, cerca de R$ 14 mil, na última limpeza do Corpo de Bombeiros, o Parque Nacional do Iguaçu instalou placas de conscientização para alertar os visitantes.
Segundo o parque, a limpeza ocorreu em setembro e a quantidade foi um recorde na história. As placas foram instaladas, na sexta-feira (1º), porque o gesto repetido dos turistas causa danos à natureza.
As moedas podem ser engolidas por peixes e pássaros que confundem o brilho do dinheiro com as presas que consomem, explicou o biólogo do Parque nacional do Iguaçu Pedro Fogaça.
“Principalmente peixes e as aves aquáticas que frequentam o Rio Iguaçu acabam confundindo com seu alimento e ingerem. Isso causa sérios problemas para essas espécies.”
Segundo os especialistas, o dano ambiental começa desde a dificuldade de fazer a limpeza, até o problema em longo prazo, com a dissolução das moedas e os metais pesados delas, como o níquel e cobre, que ficam na água.
De acordo com o biólogo do Parque nacional do Iguaçu Pedro Fogaça, foram retiradas moedas que estavam há mais de 30 anos no Rio Iguaçu.
“Ela vai se corroendo e esse metal pesado acaba contaminando. Realmente é uma contaminação química da água que afeta toda a cadeia alimentar.”
A equipe especializada do Corpo de Bombeiros, conforme o parque, fez o trabalho de tirar as moedas que se acumulam entre pedras, algas e buracos em setembro.
A limpeza é realizada pontualmente, dentro das programações de atividades ambientais do parque.